Saiu essa semana na Folha Online:
Padres se candidatam a prefeito e enfrentam restrições da Igreja
Bom, é o tipo da coisa que não me surpreende. Nem o fato de ver um padre-candidato petista e outro do PSOL, partidos socialistas. Infelizmente a Teologia da Libertação contaminou tanto a Igreja no Brasil que é até esperado que um padre que dá mais valor ao Paço Municipal que à igreja paroquial seja mesmo de alguma dessas quadrilhas como o PT.
Mas, se eu fosse o editor que estivesse olhando a reportagem, perguntaria ao repórter se ele tentou falar com os bispos das dioceses onde os candidatos atuam, para saber o que eles pensam. Vocês repararam que não tem a opinião de nenhum dos bispos responsáveis lá? O único "dom" na matéria, Hugo Cavalcante, é assessor da CNBB e sequer é bispo (mas o "dom" não foi erro da Agência Folha não, pois ele é monge beneditino).
Entrevistar os bispos seria não apenas necessário (dentro de uma ótica jornalística), mas também útil por algumas razões. Primeiro, porque a matéria dá a impressão de que está tudo bem com os padres-candidatos, que teriam o OK do bispo para uma situação objetivamente irregular, segundo o Código de Direito Canônico -- será que é mesmo assim? Segundo, que caso os bispos achassem que não tem problema nenhum, precisariam, sim, ser colocados contra a parede: como é que eles deixam rolar solto esse desrespeito à lei canônica?
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2 comentários:
Você já teve aquela vontade de ser inimputável? Acontece comigo sempre que leio notícias semelhantes.
Exato! Da forma como está escrita, inclusive não fica claro quem pode efetivamente falar em nome da Igreja, que no caso é o Bispo.
Hoje em dia, com a atual confusão que vivemos, todos os jornais que falam sobre algum assunto da Igreja deveriam deixar ist bem calro e frisado.
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