domingo, 4 de maio de 2008

O santo guerreiro

Saiu hoje no G1:

Santo padroeiro do Corinthians também foi "rebaixado", mas não perdeu santidade


São Jorge segundo Rafael Sanzio

Brincadeiras à parte com meu time, vamos ver o texto com atenção. Uma das primeiras coisas que o repórter esclarece é que não existe "dessantificação".

Mas depois, como é de costume, colocam nas costas do Vaticano II todo tipo de coisa:


A situação mudou consideravelmente após o Concílio Vaticano Segundo (1962-1965), reunião que deu novos rumos à Igreja no século 20. Os líderes católicos decidiram dar mais peso à Bíblia e à figura de Cristo nas missas e demais celebrações religiosas, diminuindo a ênfase nas festas relacionadas a santos. Apenas as mais importantes, como as que envolvem São Pedro e São Paulo, considerados os principais líderes do cristianismo primitivo, continuaram a ser celebradas pela Igreja no mundo inteiro.
Primeiro, que na Missa a ênfase sempre esteve na Bíblia e em Cristo. Segundo que ainda existe um grande bocado de festas consideradas obrigatórias pela Igreja em todo o mundo. Se fossem só as dos Apóstolos e de mais um ou outro santo, sobraria muito pouco. Mas basta pegar o Diretório Litúrgico da CNBB para ver o bocado de memórias obrigatórias que ainda estão lá.

E o padre Oscar Beozzo também comete seu escorregão:


Outros santos tiveram o mesmo destino, como Santa Filomena, que começou a ser venerada a partir de 1808 com a descoberta de seu nome numa das catacumbas. "Mas, nesse caso, ela nem tinha chegado a ter um dia oficial de festas", diz o historiador da Unicap. "Quem era devoto de Santa Filomena realmente ficou meio perdido", diz o padre Beozzo.
Segundo a Enciclopédia Católica, Gregório XVI (Papa de 1830 a 1846) instituiu sim a festa de Santa Filomena, em 9 de setembro. E seu túmulo foi descoberto em 1802, não em 1808.

Convenhamos, podia ter sido muito pior. Podiam dizer, como já vi por aí, que a Igreja teria deixado de reconhecer São Jorge como santo. O resultado final até que é bom. Agora, descobri que o G1 tem uma série de reportagens chamadas "Ciência da Fé". Vou ler mais e depois conto aqui o que descobri.

2 comentários:

Anônimo disse...

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PAX
Uma coisa: Me parece que procede a afirmação de que depois do Segundo Concílio do Vaticano, a Missa passou a dar mais ênfase a Bíblia, se aproximando assim da noção da presença de Cristo pregada pelos protestantes. A ênfase da Missa, sempre foi, até então, o sacrifício de Nosso Senhor.

Fausto

Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Adorei!
Chris.