A gente começa a ler e pensa "puxa vida, olha só, eles estão se preocupando em descrever direitinho o processo", afinal dizem que a declaração de "venerável" é o penúltimo passo antes da canonização, e que a beatificação é o último passo. Mas da metade pra frente a coisa degringola:
Com o título de venerável, a baiana é reconhecida pelo Vaticano como uma serva de Deus (beata) que teve a vida pautada por realizações em benefício do próximo.Lá no Último Segundo o camarada que colou esse texto no sistema interno deve entender de religião, porque removeu o (beata) -- justamente a parte problemática, pois, como sabemos, "servo de Deus" é uma coisa, "beato" é outra. Beato é quem foi beatificado.
Mas o pior está por vir:
Como venerável, o Vaticano dá sinais positivos para que ela se torne santa, como aconteceu com a Irmã Lindalva (canonizada em 2007).Não sei se os parênteses foram obra da Agência Estado ou do padre Manuel, da Arquidiocese de Salvador. De qualquer maneira, Lindalva foi beatificada em 2007, e não canonizada. É o tipo de coisa que devia causar estranhamento no repórter, ou no editor, pois só o Papa canoniza, e em 2007 ele esteve aqui pra canonizar Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, e não a irmã Lindalva.
Será demais exigir que os jornalistas saibam que só o Papa pode canonizar?
Um comentário:
Sem comentários!!!
Marcio, queria receber seus posts via-email... não tem como você assinar o feedburner?
Thanks!
JM
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